quarta-feira, 13 de março de 2013

Como variam os níveis de felicidade ao longo da vida?

O artigo tem por base um estudo que envolveu 500 000 pessoas, de 70 países diferentes. Foi avaliado o nível de felicidade das pessoas. Dada a heterogeneidade do grupo em estudo (idade, sexo, nacionalidade e nível sócio-económico), foi possível traçar o gráfico que co-relaciona o nível de felicidade com a idade. Obteve-se uma curva em forma de U, com um nível mínimo por volta dos 40 anos (muitas vezes designada por crise de meia idade). O mais interessante é que estudos realizados em primatas mostraram que, também nesse grupo, existe uma crise de meia idade. Assim, sugere-se que a variação dos níveis de felicidade ao longo da vida estão relacionados, não com os frequentemente associados factores sócio-económicos, mas sim com processos biológicos que são conservados evolutivamente.
O cérebro humano sofre alterações ao longo da vida. Os lobos frontais do cérebro terminam a sua maturação por volta dos 20 anos e iniciam a sua deterioração a partir dos 45 anos. Uma das funções dos lobos frontais é aprender a partir das notícias más. No artigo são dados dois exemplos que considero muito claros:

Má notícia: -beber álcool faz mal ao fígado.

Boa notícia: – beber vinho tinto faz bem ao coração.

A forma como as pessoas fazem a gestão destas duas informações varia. O que acontece é que durante o período da vida em que o individuo apresenta maior maturação dos lobos frontais, tem tendência a agir de acordo com as más notícias em detrimento das boas notícias. Segundo o estudo científico citado no artigo, a incorporação provavelmente de más notícias está relacionada com a depressão, pelo que uma pessoa é tanto mais feliz quanto maior for a sua capacidade de relativizar as más notícias. Naturalmente que reter apenas as boas notícias poderá ter, também, consequências negativas – pode criar uma falsa protecção e incapacidade de avaliar os riscos, característico da adolescência. Também aqui se pode referir uma frase comum: “é no meio que está a virtude!”.

Uma curiosidade interessante deste artigo, é que a idade média em que se registam os níveis de felicidade mínimos difere com o género, ou seja, a idade média em que as mulheres são menos felizes é por volta dos 38,6 anos; enquanto que no caso dos homens acontece quase 15 anos depois, por volta dos 52,9 anos. Dá que pensar!

BBC News.


terça-feira, 12 de março de 2013

Crise da meia idade nos homens

Um dos acontecimentos característicos nestas idades é a crise da meia-idade que afecta tanto homens com mulheres. Em ambas os sintomas variam de mulher para mulher e de homem para homem. Alguns homens sentem um repentino ataque de medo pois põe-se a reflectir e reparam que metade da vida passou e que há muitas coisas que deixaram para trás, ou há muitas coisas que queriam ter feito e que ainda não fizerem e que vêm agora o seu tempo limitado. Os inevitáveis sintomas de que a vida está a chegar perto do seu limite podem ser agravados por acontecimentos como a morte de um familiar, uma mudança de trabalho, uma perda de emprego ou um rompimento do casal. Nestes casos o homem fica bastante deprimido podendo em alguns casos levar a depressões. Outros homens têm comportamentos estranhos mas muito comuns desta fase da vida como ter loucamente um carro novo topo de gama, ou abandonar a actual companheira para arranjar uma namorada muito jovem. Estes comportamentos não são de todo algo sem significado, os homens que vêm a sua vida a chegar ao fim, querem voltar a ser jovens e para isso têm atitudes de jovens para se auto convencerem de que a vida não está no fim e que ainda estão prontos para “as curvas”.
Esta altura também é caracterizada por uma diminuição da saúde tanto a nível mental como físico. Quanto ao mental, há estudos que comprovam as pessoas por volta dos 35-55 anos estão numa constante inquietude mental, sendo assim mais frequente as depressões. Já na saúde física todos aqueles maus hábitos que os homens tinham enquanto jovens como o consumo de álcool e de tabaco, reflectem-se nesta altura muitas vezes como doenças graves. Outro dos motivos que deixa o homem preocupado é a sua virilidade. Os homens nesta fase têm uma descida anual dos níveis de testosterona em 1 e 2% a partir dos 40 anos e esta descida está relacionada com a redução da força muscular e do interesse sexual. Esta fase é uma fase muito crítica para os homens, mais até que nas mulheres.



segunda-feira, 4 de março de 2013








“...Madre Tereza tinha 40 anos quando fundou as Missionárias da Caridade.
Henry Ford tinha 50 anos quando inaugurou a sua primeira linha de montagem.
Dom Pérignon tinha 60 anos quando produziu seu primeiro champanhe.
Michelangelo tinha 72 anos quando projetou a cúpula da Basílica de São Pedro, em Roma.
Ichijirou Yordanidis tinha 100 anos quando escalou o monte Fuji.
Quer você tenha 6 anos ou 60 anos de idade, o resto da sua vida está a sua frente. Você não pode mudar nenhum momento do seu passado, mas pode mudar todo o seu futuro. A hora é agora.”

Como podemos ver com estes exemplos, não há um limite de idade para se fazer o que queremos e atingir determinados objectivos. Aliás, se não criarmos objectivos para viver, o que estamos a fazer neste mundo? Temos de nos agarrar a alguma coisa, criar novas situações e desafios para nos mantermos motivados a cada dia que passa.
Por outro lado, não devemos ficar presos ao passado e ficar a pensar no que está para trás, do que já não pode ser mudado, mas sim olhar em frente, para o futuro. Aí sim, temos uma nova oportunidade para melhorar onde errámos.
Penso que as pessoas que passam pela crise de meia-idade não têm noção do tempo que estão a perder; para quê pensar naquele momento em que se podia ter tomado uma decisão e tomou-se outra? Para quê rever todos os momentos menos bons da vida quando já não podem ser alterados? Para quê? O relógio continua a funcionar, o tempo a passar, enquanto cada vez mais se pensa no passado, menos tempo se resta no presente. Cada um deve aproveitar o que lhe resta para alcançar objectivos que não foram realizados no passado. Se se fizer isso, mais tarde, inevitavelmente, vai-se olhar para o passado outra vez e pensar “Ainda bem que me “mexi” antes de ser tarde demais””.
Por isso, aproveitemos o momento, “Carpe Diem”, porque a vida é curta e nenhum de nós dura para sempre!