sexta-feira, 31 de maio de 2013

Erik Erickson e a sua teoria psicossocial

 Erick Erickson um psicanalista americano enfatizou as implicações sociais, mas ao contrário da maioria ele tem em conta um desenvolvimento ao longo de toda a vida. De acordo com Erickson, a personalidade forma-se à medida que as pessoas passam pelas diversas fases psicossociais. Para ele em cada fase há um conflito a enfrentar e ultrapassar. Se este conflito for ultrapassado de forma positiva resulta em saúde mental, se for ultrapassado negativamente leva a um desajustamento.
 A teoria de Erickson abrange oito estágios:



Como podemos ver , durante o primeiro ano os bebés enfrentam um conflito entre a confiança e a desconfiança. Nesse período , o relacionamento com a mãe é extremamente importante, isto porque, se as mães amamentam os bebés e criam relações com eles os bebés desenvolvem sentimentos de segurança se não os bebés podem adquirir medos e desconfianças.
Durante o segundo e o terceiro ano, as crianças enfrentam um segundo desafio, autonomia vs vergonha e dúvida. Nesta fase é importante que os pais incentivem os filhos no que querem fazer como comer a sopa sozinho, para assim se sentirem autónomos, em contrapartida se os pais impedirem as crianças sentem vergonha e dúvida.
Já dos três aos cinco anos de idade enfrentam um novo conflito, iniciativa vs culpa. Esta é chamada a idade dos “porquês” e se os pais respondem às perguntas e não as consideram estúpidas ou erradas as crianças adquirem iniciativa senão sentem-se inseguras e culpadas.
As crianças dos 6 aos 11 com a entrada para a escola enfrentam um novo desafio, diligência vs inferioridade, quando as crianças se sentem menos capazes em comparação com os colegas, desenvolvem um sentido de incompetência, enquanto aqueles que são bem-sucedidos emergem com um sentimento de competência e prazer no trabalho.
Já na Adolescência ocorre uma crise de identidade, que se não for bem resolvida sofrem uma confusão/insegurança. Para atingir a identidade, o adolescente precisa de integrar várias auto-imagens e escolher uma carreira e um estilo de vida adequados. Um aspecto importante é que se o adolescente conseguiu superar positivamente todos os outros conflitos tem mais facilidade em saber quem é e no que acredita.
Durante a fase do adulto jovem, um novo desafio, intimidade vs isolamento, surge. Os jovens adultos estão prontos para formar vínculos sociais duradouros. As pessoas que não têm senso da sua própria identidade têm dificuldade em estabelecer relacionamentos íntimos, que por vezes leva ao isolamento, ou formam vínculos insatisfatórios.
O adulto de meia-idade precisa de escolher ente generatividade e auto-absorção. O termo generatividade significa um compromisso com o futuro, com a nova geração. A generatividade não se restringe apenas àqueles que são pais e pode se manifestar em qualquer indivíduo que se preocupe com o bem-estar das próximas gerações e com a ideia de tornar o mundo um lugar melhor para as pessoas viverem e trabalharem. A excessiva auto-absorção gera estagnação.
Finalmente, quando a vida se aproxima do fim, o idoso enfrenta uma última crise, integridade vs desesperança. Nesta altura os idosos fazem uma perspectiva do seu passado, é nesta altura que eles percebem que têm menos tempo pela frente, e as pessoas que olham para traz e se sentem satisfeitas e aceitam a sua vida têm um senso de integridade, enquanto que aquelas pessoas que acharam a vida que passou desperdiçada acham a morte aterrorizante.

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